No ano passado os STCP decidiram fazer uma reestruturação nas varias linhas dos autocarros, começaram por mudar os números de alguns autocarros, sendo que o 1º numero seria o indicativo do concelho para o qual o autocarro se dirige e acabaram com algumas linhas.
Mais para o final de 2006 alertaram para a mudança de passes e bilhetes pois iriam ser actualizados e a 1 de Janeiro toda a gente se depara com as grandes mudanças, 90% dos autocarros com números diferentes (até aqui eram apenas alguns), trajectos diferentes, sendo que a maioria dos autocarros se dirigem (por incrível que pareça) para o hospital S. João. As paragens ainda não tinham sequer informações sobre os novos trajectos e linhas criadas, as pessoas estavam as cegas e rapidamente perceberam que de um autocarro que necessitavam para o emprego/escola, passou a ser necessário dois ou mesmo três autocarros, pagando na maioria dos casos o transbordo, ou seja duas a três vezes mais do que o que pagavam em 2006.
Vou dar um exemplo facil para que os leitores entedam as mudanças, quem é de Gondomar, pois é daqui que surgem a maioria das queixas, todos os autocarros das STCP vao para o hospital S Joao, seja o 803, 804, 805 e também o 205 (que embora não vá para Gondomar). O 803é o antigo 53 cujo o percurso era Forno-Bolhão e o actual é Estação Rio Tinto - HSJ. O 805 é uma linha nova cujo o percurso é Venda-Nova - HSJ, o 804 era o antigo 14 que fazia S. Pedro da Cova - HSJ e agora faz Gondomar - HSJ, o antigo 16 desapareceu e fazia Gondomar - Marquês, era um autocarro muito utilizado. Agora quem quiser ir para a Loja do Cidadão ou Marquês, tem que fazer transbordo e pagar por dois autocarros...
Diga-se também que estas alterações foram feitas por um grupo de estudos de uma determinada faculdade da universidade do porto e só prova que quem o fez não se desloca nos transportes públicos nem faz a mínima noção das necessidades dos passageiros. O estudo teve apenas em conta o lucro fácil e a exploração do monopólio detido pelos STCP, chama-se a isto abuso da posiçao de mercado e abuso da confiança pos utentes. De lembrar também que só facilita a vida de quem anda na universidade, provavelmente alegarão que o objectivo seria as pessoas que vão para o Porto apanharem o metro do S João, ou seja darem uma grande volta, demorarem mais tempo e pagarem mais.
O metro não chega a todo lado e as alterações deveriam ter sido ponderadas para a ACTUALIDADE e não com vista o futuro distante em que o metro chegará a Valongo (2015 ou mais tarde) e Gondomar (já devia ter chegado a Rio Tinto em 2005 e 2008 a Gondomar em vez disso será o mais tardar até 2010 que chegará a Rio Tinto e sabe-se la quando a Gondomar) . A prevenção faz-se para impedir gastos desnecessários e não para criar gastos ao bolso de muitos.
Mas por outro lado as autarquias não tiveram grande manifestação em vez disso empenharam-se em fazer negociatas com a criação de alternativas privadas para servir os cidadãos.
Veja-se ainda outro pormenor, todo o centro do Porto está servido pela rede do metro, mas foi onde houve reforço de linhas dos STCP, ao passo que a zona periférica que não está servida pela metro foi onde os STCP cortaram... enfim
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